Outras 10 curiosidades sobre Esparta
Uma cidade surpreendente em diversos aspectos, Esparta ainda hoje sucinta curiosidade de quem conhece sua história.Batalhas Espartanas eram corriqueiras, sua sociedade era moldada para a Guerra |
Suas batalhas épicas são trazidas a nós e seu nome ecoa nos tempos com escritores descrevendo feitos de bravura e coragem de seus soldados, cineastas capturam nossa atenção com soldados lutando bravamente em batalhas nas telinhas, tudo isso incentivado por lendas que sobreviveram gerações de soldados que conseguiram feitos notáveis.
Veja mais 10 curiosidades atualizadas sobre a antiga Esparta que você provavelmente não sabia!
Leia Também:10 fatos curiosos sobre Esparta e Como eram treinados os soldados Espartanos1 - Esparta era a única cidade estado Grega sem Muralha
As muralhas eram a medida protetiva básica para qualquer povoado da idade antiga, mas os Espartanos não tinham uma muralha.
Os Espartanos chamavam seus exércitos de a muralha de Esparta, e contavam basicamente com eles para defender sua capital, mas não foi sempre deste jeito. Reza a lenda que foi Lycurgo, um personagem quase mítico na cultura espartana que ordenou a demolição da antiga muralha, foi a Lycurgo também que foi creditado a criação do sistema Agoge, que produziu em Esparta os mais famosos soldados que o mundo ja conheceu.
2 - Mulheres espartanas eram encorajadas a ser infiéis
Era uma politica de estado que mulheres existiam basicamente para prover ao estado com soldados fortes e saudáveis, portanto, a elas era incentivado ter sempre o maior número de filhos possível.
Entretanto com maridos sempre fora nas batalhas de conquista, e praticamente não dormindo em casa, pois acabavam preferindo dormir nos alojamentos militares, as mulheres precisavam ser criativas e procurar outras formas de conceberem seus filhos.
É bem verdade que oferecer esposas a homens que fossem fortes e saudáveis era prática comum na comunidade Espartana, também era comum amigos pedirem a outros amigos para que fizessem filhos nas esposas dos outros, quando elas tivessem a fama de produzir bons filhos e principalmente, filhos homens.
A monogamia não só não era valorizada como não interessava nem ao governo, nem as famílias.
Entretanto mesmo que concebido de outro pai, na sociedade Espartana, pai mesmo era quem criava o filho, pelo menos até os 7 anos, idade em que ele seria levado pelo governo para começar seu treinamento no sistema Agoge.
3- Homens e mulheres se exercitavam juntos, e estavam todos nús
Diversos relatos sobre o dia a dia dos homens e mulheres deixaram uma coisa muito clara a todos os historiadores, exercícios eram incentivados a todo momento pelo governo dos Espartanos, pessoas obesas eram de fato um problema para o estado, então a prática de exercício era considerada importantíssima.
Na imagem, jovens espartanos se exercitam,todos nus, prática comum na época |
Entretanto, a curiosidade era que os Espartanos gostavam de se exercitar nús.
Exatamente, a maior parte dos Espartanos não via na nudez o tabú que vemos hoje, portanto era comum ver Espartanos e Espartanas juntos praticando jogos, lutas e nadando ou correndo totalmente nus.
De forma prática, roupas atrapalhariam ja que ficariam sujas e provavelmente não ajudariam muito, também era comum que homens e mulheres mantivessem relação o tempo todo, ja que era incentivado fortemente que mulheres a partir dos 20 anos ja começassem a fornecer filhos para que o governo pudesse manter seus exércitos sempre abastecido de soldados.
4 - Bêbuns eram humilhados ou expulsos
Embora bebessem muito vinho em suas refeições, os Espartanos consideravam ofensivo que alguém ficasse embriagado, embriaguez em suas refeições ou em seus cotidianos era considerado sinal de fraqueza e por consequência, uma vergonha para quem o cometeu.
Nos eventos da Syssitia, a refeição diária em que todos os cidadãos homens, inclusive os reis participavam, o vinho era servido a todo momento e na quantidade que quem estivesse consumindo quisesse, porém um porre neste momento seria considerado uma imensa ofensa, sendo inclusive motivo para a expulsão do evento, que era o ponto alto da sociedade Espartana.
5 - Mulheres eram consideradas heroínas se morressem dando a luz
Mulheres mortas no parto de homens tinham status de heroínas |
Para os homens a morte gloriosa consistia em morrer em campo de batalha lutando contra um inimigo do estado Espartano, para as mulheres também existia uma morte gloriosa, seria morrer enquanto estivesse dando a luz a um menino para Esparta.
Mulheres que viessem a falecer dando a luz a uma menina, por outro lado, não receberiam honrarias, já que mulheres, embora muito bem vistas e posicionadas na sociedade Espartana, não poderiam servir ao Exército.
6 - Mulheres raspavam a cabeça quando se casavam
O ritual de casamento dos Espartanos é no mínimo curioso, o casamento ocorria a qualquer idade do homem, porém ele só poderia morar com sua esposa depois dos 30 anos de idade, ele receberia então uma jovem esposa para se casar, embora houvesse um certo grau de interferência do estado e das famílias na escolha dos parceiros, de modo geral, as mulheres, e o homens, poderiam se casar com quem quisessem, porém mesmo assim casamentos arranjados eram comuns.
As mulheres então teriam seus cabelos raspados, suas roupas retiradas, e ficaria aguardando o marido na sala, deitada em um colchão.
O marido então chegaria em casa, faria sua refeição que a mulher ja teria deixado preparada, pegaria a mulher e a levaria para o quarto, acontecendo assim a tão esperada noite nupcial.
Aristoteles, um forte crítico da sociedade Espartana, uma vez afirmou que as mulheres teriam seus cabelos raspados pois os homens Espartanos, tão acostumados a manter relações sexuais entre si, deveriam estranhar uma figura feminina, sendo então necessário que estas raspassem seu cabelo para se assemelhar a um homem.
A discussão se era uma crítica ou uma constatação permanece, mas o fato é que a mulher, enquanto casada, deveria manter seu cabelo para sempre curto, até o dia de sua separação, ou o dia em que ficasse viúva.
7 - Mulheres Espartanas poderiam se divorciar sem problemas
Normas sexuais eram mais liberal para as mulheres Espartanas |
Um outro detalhe interessante da sociedade Espartana é que as mulheres lá, desfrutavam de muito mais direitos do que em qualquer outra Cidade Estado Grega, sendo um direito delas solicitar um divórcio por qualquer motivo que achasse prudente, inclusive o fato de não ter apreciado o marido ao qual estava vinculada.
Ao se divorciar, uma mulher poderia manter seus cabelos longos novamente até que casasse novamente, mulheres solteiras também não seria um problema na sociedade Espartana, contanto que produzissem filhos.
8 - Homens sem filhos eram humilhados publicamente
Embora a homossexualidade fosse amplamente difundida em todas as camadas da sociedade Espartana, a produção de filhos para o estado era um dever de todo cidadão, homens que não conseguissem dar filhos para que o estado pudesse manter seu exército em forma eram considerados fracassados em sua missão.
Homens sem filhos eram publicamente humilhados e ignorados |
A realidade é que a sociedade Espartana era uma sociedade altamente militarista e prática, e aceitaria qualquer coisa que cumprisse com a meta de manter Esparta como a cidade estado mais poderosa e da antiga Grécia, e manter seus exércitos fortes e cheios de soldados era parte fundamental deste processo.
Homens que de alguma forma fossem inférteis poderiam ser largados por suas mulheres, humilhados publicamente e até mesmo, dependendo das situações, perder sua cidadania, portanto era comum que homens que estivessem muito tempo fora de casa, ou que tivessem problemas para engravidar suas parceiras, contassem com a ajuda de outros homens para que esta função fosse feita a contento.
9 - Mulheres Espartanas tinhas mais direitos do que suas compatriotas Gregas
Um exemplo é o fato de poderem herdar os bens de seus pais e de seus maridos respectivamente. Nas outras sociedades Gregas, quando um pai viesse a falecer, uma mulher Ateniense por exemplo, sendo casada com outro homem e herdeira de tal patrimônio, deveria se separar e se casar com seu irmão, para assim manter os patrimônios em família, não se trata da relação sexual, e sim dos bens, fato que na sociedade Espartana era decidido de maneira bastante simples, uma vez que mulheres dispunham de direitos praticamente iguais aos do homem em relação ao patrimônio.
Mulheres Espartanas tinham mais responsabilidades e mais direitos do que suas compatriotas Gregas |
Quanto ao direito de ir e vir, de operar comércio, em todos os aspectos da vida diária uma mulher espartana estava muito mais a frente em termos de direitos de suas compatriotas gregas, mulheres Espartanas deviam apenas uma coisa, fornecer soldados ao governo, cumprindo este dever, teriam muitos direitos e vantagens que suas compatriotas até hoje não tem.
Participar de festas junto com os homens, beber vinho, estes e diversos outros direitos tanto sociais quanto legais faziam parte do que diferencia profundamente as mulheres Espartanas das mulheres do resto da Grécia antiga.
10 - Para o Espartano em Batalha, perder seus escudo era a maior das vergonhas
Existe uma certa lenda sobre o Espartano perder sua espada em batalha, ou seu elmo, mas na verdade, a única coisa que o Espartano não poderia perder durante uma batalha é seu escudo, e existe uma explicação bastante prática para isso.
Uma Falange Espartana, com seus escudos na formação, eles sempre protegem a si e ao companheiro a sua esquerda |
Como os Espartanos lutavam nas formações chamadas Falange, homens lado a lado com escudo os protegendo e grandes lanças para fora da formação, o escudo não só estaria protegendo a si, como também protege o companheiro da esquerda, desta forma, deixar que seu escudo caia irá expor você e o companheiro que ficaria imediatamente a sua esquerda.
Uma correção: não existe HOMOSSEXUALISMO, mas apenas HOMOSSEXUALIDADE.
ResponderExcluirObrigado pela correção, ja atualizamos com o termo correto!
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