HeLa, A Célula humana imortal!
Ah, a imortalidade, almejada por muitos mas acredite, de certa forma ela já foi encontrada pelo ser humano, pelo menos em parte e pasmem, foi obtida graças a um Câncer que matou sua hospedeira, Henrietta Lacks.
Células HeLa vistas em um microscópio |
Quem era Henrietta Lacks
Henrietta Lacks enquanto viva |
Sua vida bastante simplória porém esconde a verdade, já que se tornara um dos nomes mais famosos da biologia moderna, e tudo isso graças a um pequeno caroço na altura do útero que viria a tirar sua vida, mas de certa forma revolucionou o processo de pesquisa de células humanas.
Com um tipo extremamente raro de Câncer que tinha como principal característica uma reprodução extremamente rápida, Henrietta Lacks foi buscar tratamento, tendo amostras de seu tumor enviadas para diversos laboratórios dos EUA para uma análise mais apurada e, justamente por este fato, hoje Henrietta Lacks é uma das pessoas mais famosas na biologia humana moderna.
Seu tumor tirou sua vida de maneira brusca e rápida, levando-a a óbito com apenas 31 anos de idade, mas deixou para um mundo um legado que até hoje auxilia pesquisadores na busca de curas para doenças das mais diversas.
Células HeLa
Bom, agora vamos explicar exatamente do que se trata o legado de Henrietta. Conhecido por células HeLa, o material obtido do Câncer de Henrietta é uma linhagem de células humanas que é basicamente imortal, e esta característica é obtida por dois motivos básicos.O primeiro é uma mutação muito específica nos Telômeros deste câncer, que deram a esta linhagem celular uma característica de não decaimento, ou seja, mesmo se reproduzindo muitas vezes, elas não tem a característica degradação que é comum em todos os animais que conhecemos hoje (por isso, literalmente envelhecemos) e segundo.
Veja Também: O Frankenstein que realmente existiu e Pando:O ser Vivo mais imortal e 10 métodos de tortura atormentadoresSeu metabolismo extremamente acelerado faz com que elas se reproduzam de maneira extremamente rápida, dadas as condições ideais para tal.
Então, embora não vivam para sempre, as células do tumor de Henrietta Lacks se reproduzem muito rápido e não se degradam, dando a elas o que pesquisadores chamam de característica de imortalidade.
Atualidade das Células HeLa
Mantida viva em condições laboratoriais e propagada pelo Dr. George Otto Gey (que também desenvolveu a metodologia de conservação da célula), se tornou a primeira de uma linha de células humanas amplamente utilizadas para pesquisa e desenvolvimento da medicina em campos que variam de vacinas, pesquisa genética a tratamentos contra o câncer por exemplo.Células HeLa vistas por um microscópio de alta resolução, estas células vem são basicamente imortais, mas mataram sua hospedeira |
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Na época de sua coleta, materiais descartados (como as amostras iniciais por exemplo) eram de propriedade do médico e da instituição que este representa, hoje, porém, por questões éticas e morais estes usos costumam requerer pelo menos uma autorização do paciente em vida.
Células HeLa vistas em altíssima resolução |
Por fim, são amplamente utilizadas em pesquisas que buscam aumentar a longevidade humana, visto que este é um processo e uma meta para a espécie humana a muitas gerações, e que de certa forma e por acidente, só conseguiu ser alcançado por Henrietta Lacks, ou pelo menos uma pequena parte dela.
Curiosidade: Uma nova vida
Curiosamente, as células HeLa passaram recentemente a ser consideradas uma “nova forma de vida” devido a sua imensa capacidade de reprodução e seu grande número de estruturas não humanas (no caso, estruturas biológicas diferentes das encontradas em células exclusivamente humanas), recebendo até um nome para si, Helacyton gartleri é como Leigh Van Valen a batizou.O que se provou um problema em alguns laboratórios, contaminando outras amostras inclusive
Eu li mas não entendi nada.
ResponderExcluirOla Império! Que bom que leu!
ResponderExcluirResumindo, são células cancerigenas que se reproduzem tão rápido que 1 - Não morrem e 2 - Estão mutando